quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Old York, Old York

Continuando o clima medieval do post anterior, chegamos em York, uma cidadezinha antiga no norte da Inglaterra que até hoje ainda conserva características da Idade Média. A que chama mais atenção é a grande muralha ao redor do centro da cidade.


A importância histórica de York para a Inglaterra é muito grande (lembra a Guerra das Duas Rosas, da aula de história?). Repare como a rosa branca, símbolo da cidade, aparece em vários cantos de York.


O que fazer:
York Minster: O principal ponto turístico de York é a catedral York Minster, maior catedral gótica do norte da Europa. Repare nos caprichados vitrais e nas estátuas de antigos reis da Inglaterra. Fique atento aos horários de visitação, pois a catedral fecha para missas. Se tiver interesse em escutar o coro, verifique o horário e chegue com antecedência, pois as filas são grandes. O valor da entrada é de £14.


Shambles: Um passeio bem legal para fazer em York é caminhar pelas pequenas ruas medievais da cidade, super charmosinhas! Visite a Shambles, e repare como os andares superiores são projetados para frente, de modo que seja possível caminhar pelas calçadas, ainda que as casas frente-a-frente sejam super próximas. Aliás, imagine muitas casas de madeira super coladas umas com as outras: não é a toa que, antigamente, um incêndio podia devastar cidades inteiras.


Micklegate: A muralha sobre a qual comentei lá em cima é cortada por algumas torres, e antigamente, o portão Micklegate era a principal porta de entrada na cidade. Por lá, passaram muitos monarcas importantes, e foram penduradas algumas cabeças durante a Guerra das Duas Rosas (coisas corriqueiras, né?).


Ruínas da Abadia de Santa Maria: As ruínas completam a bonita paisagem dos jardins do Museu de Yorkshire, onde se vê muita gente deitada na grama, caminhando ou tomando um sorvete. O museu tem objetos da história de York, de origem romana, viking e medieval.


Clifford's Tower: Já contei que York foi uma cidade muito importante para a Inglaterra no período medieval. Devido à importância estratégica de York nessa época, foi construído, no século 11, o castelo de York. Hoje, a única parte que sobrou dele é a Clifford's Tower, que já funcionou como a prisão do castelo.


Onde comer:
Queríámos fazer um lanche na hora do almoço, e optamos pelo Ambience. Como o lugar era bem falado no Trip Advisor, e o ambiente era super fofo, já fomos logo entrando, sem dar bola para o cardápio na frente. No final das contas, não ficamos muito satisfeitas: havíam pouquíssimas opções de lanches, e os que pedimos não tinham nada de especial. Comi um sanduíche de cogumelos e ovo de pato, e a minha irmã pediu um de salmão defumado (custavam cerca de £6). Talvez tenha sido a falta de sorte no pedido, ou o gosto pessoal, mas achamos fraquinho.


Para compensar o almoço mediano, partimos mais tarde para um chá de tarde, programa bem típico de York. Paramos na bonitinha Patisserie Valerie, que tinha doces altamente apetitosos na vitrine: aliás, logo o olho gordo nos fez desencanar do chá e partir mesmo para aquelas tentações. Pedi uma Pecan Pie  sensacional, e a minha irmã comeu um "mil folhas" que a gente brincou que era um "duzentas mil folhas" porque o troço era gigante! Os doces lá realmente são pesados, caprichados e bem doces: não deve agradar aos que gostam de cremes levinhos e doces delicadinhos. Em se tratando de açúcar, eu confesso que sou ogra mesmo, e adorei!

 

Mas a "ogrice" maior, veio à noite, num lugar chamado The House of the Trembling Madness. Preciso enfatizar que a parada nesse pub é IM-PER-DÍ-VEL. Imagine-se numa taberna medieval, cercado de canecas imensas de cerveja, teto de madeira e cabeças (!) dos mais diversos tipos de bicho empalhadas na parede. Para completar o clima, um jantar nada delicadinho: um dos maiores cheeseburgers que já vi na vida (£6), e uma carne na cerveja dentro de um pão gratinado (£7.50). Não para por aí: os canecões de cerveja deram o toque final: a Jever Pilsner e La Trappe Dubbel foram eleitas umas das melhores brejas da viagem!

O Pub funciona em cima de uma loja de cervejas, por isso a entrada é bem escondida. A loja também é de enlouquecer os amantes de cerveja: rótulos diversos e coisas que nem sabia que existiam (como uma Hoegaarden rosé).


A noite de York, aliás, nos supreendeu por parecer bem animada, cheia de gente andando com roupa de balada pela rua.


Onde ficar:
O lugar mais legal para se hospedar em York é em algum hotel dentro da muralha, pois assim você fica mais próximo dos principais pontos turísticos e restaurantes. Passamos um sábado lá, e mesmo agendando o hotel com um antecedência razoável, a grande maioria já estava lotado (e a cidade bastante cheia também). Acabamos ficando no Premier Inn, perto da estação de trem e de Micklegate, o que acabou sendo uma localização boa também, pois a cidade é pequena e fazíamos tudo à pé.

O hotel não é charmoso, pois tem o roxo como sua cor predominante, e daí carpete, cortina, roupa de cama, é tudo... bem... roxo. Ignorando aquela "rouxidão" toda, o quarto era bem amplo, e o café da mahã, gostosinho e variado.


No final, passamos bons momentos em York, e recomendamos o passeio quando estiver viajando pela Inglaterra, pois é mesmo uma cidade muito gostosa. Depois de um agradável sábado de sol em York, seguimos o nosso rumo para um novo destino (e país): Edimburgo, na Escócia.

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